Usina Solar Flutuante de Sobradinho reforça protagonismo da energia solar no Nordeste
Projeto da CHESF é o maior em pesquisa e desenvolvimento de tecnologia flutuante do Brasil
A primeira etapa da Usina Solar Flutuante de Sobradinho, instalada no reservatório da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF), na Bahia, foi inaugurada nesta semana pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. O projeto se destaca como o maior em pesquisa e desenvolvimento de tecnologia flutuante no Brasil, reforçando o papel estratégico da energia solar no Nordeste.
Investimento de R$ 56 milhões impulsiona inovação no setor elétrico
Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), o investimento total do projeto foi de R$ 56 milhões. A usina solar flutuante utiliza uma tecnologia desenvolvida pelo Centro de Referência em Energia Solar de Petrolina (CRESP), reconhecido por sua contribuição ao avanço da geração solar fotovoltaica no país.
A iniciativa não apenas amplia a produção de energia limpa e renovável, mas também demonstra o potencial dos reservatórios brasileiros para a geração de energia solar flutuante, aproveitando espaços já existentes e reduzindo impactos ambientais.
PISF é qualificado como programa prioritário de investimento
Durante o evento de inauguração, o presidente assinou o decreto que qualifica o Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Presidência da República. A medida reconhece o PISF como um programa prioritário para novos investimentos, com o objetivo de alavancar o uso de energia solar fotovoltaica na região Nordeste.
Além disso, foram autorizadas ações para atrair o interesse do setor privado, como a realização de leilões de geração de energia renovável nas áreas de transposição do Rio São Francisco. Essas medidas fortalecem o ambiente de negócios e incentivam o desenvolvimento sustentável na região.
Sobradinho servirá de referência para novos projetos no país
De acordo com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o projeto em Sobradinho servirá de modelo para outras iniciativas que utilizem reservatórios como base de geração.
“A iniciativa inovadora dessa forma de geração de energia solar no Brasil servirá de referência para aplicação nos demais reservatórios das usinas em operação no país, ampliando a capacidade de geração com menores investimentos. O potencial, segundo o Banco Mundial, é de 30 GW em lagos artificiais”, destacou o ministro.
O projeto reforça o compromisso do Brasil com a transição energética, a sustentabilidade ambiental e a expansão da matriz elétrica renovável — pilares essenciais para o futuro do setor elétrico nacional.
Fonte: Portal Brasil Solar