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Geração Distribuída cresce 378 MW e mostra força durante a pandemia da Covid-19

pandemia da Covid-19

Geração Distribuída mantém crescimento mesmo durante a pandemia da Covid-19

A geração distribuída (GD) manteve um ritmo de crescimento expressivo mesmo durante o início da crise provocada pela pandemia da Covid-19. Entre março e abril, a potência instalada aumentou 378 megawatts (MW), alcançando 2,78 gigawatts (GW), segundo dados recentes do setor.

O desempenho positivo vai na contramão do cenário geral do setor elétrico, que registrou uma redução média de até 10% no consumo de energia nas três primeiras semanas de quarentena, de acordo com informações da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Geração distribuída mostra resiliência em tempos de crise

De acordo com Carlos Evangelista, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), o avanço da GD durante a crise demonstra a força das soluções descentralizadas no novo contexto energético.

“A continuidade do crescimento das instalações de geração distribuída demonstra a força desse modelo na nova realidade que estamos vivenciando”, afirma Evangelista.

O executivo destaca ainda que gerar a própria energia é uma forma de reduzir riscos em momentos críticos, como o enfrentado durante a pandemia.

“Os consumidores livres e especiais estão buscando alternativas para mitigar prejuízos, já que precisam pagar pela demanda contratada, e não apenas pela energia efetivamente utilizada”, explica.

Autogeração como alternativa de segurança e economia

No mercado cativo, os consumidores também podem ser impactados futuramente com o rateio dos prejuízos enfrentados pelas distribuidoras. Isso porque, durante o período de baixa demanda, parte da energia contratada ficou ociosa e, se revendida, deve ter valor abaixo do custo pago originalmente.

O governo chegou a estudar empréstimos às concessionárias para equilibrar o caixa das distribuidoras, com os custos sendo posteriormente repassados às tarifas. Nesse cenário, o prosumidor — aquele que gera sua própria energia — encontra uma vantagem significativa:

“O consumidor que produz seu próprio insumo tem um alívio, um problema a menos para se preocupar”, conclui Evangelista.

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