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Crescimento da GD no Brasil impulsiona energia solar e segurança jurídica

crescimento da GD no Brasil

Fórum GD discute impactos globais e potencial das energias renováveis no Brasil

A 12ª edição do Fórum Geração Distribuída (GD), realizada de 8 a 10 de março no Blue Tree Premium Morumbi, em São Paulo, reuniu autoridades, empreendedores e especialistas para discutir o papel estratégico das energias renováveis no cenário atual, marcado por conflitos internacionais e mudanças climáticas.

Para o presidente nacional da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Guilherme Crispim, a pauta energética é essencial diante das transformações globais. “O que está acontecendo no mundo, inclusive conflitos como a guerra entre Rússia e Ucrânia, está profundamente ligado à questão energética”, afirmou Crispim durante a abertura do evento. Ele destacou que a capacidade de produção de energia de forma sustentável será decisiva nas decisões estratégicas globais.

Ildo Bet, representante da Associação Brasileira de Energia Solar (Abens), reforçou que o mercado de energia solar está em alta. “A energia solar é democrática, pode ser instalada em residências, comércios e indústrias, e permite reduzir a conta de energia em até 90%. Produzimos e usamos a energia do sol, limpa e gratuita, sem depender de combustíveis fósseis”, afirmou. Segundo Bet, o crescimento da geração distribuída com energia solar contribui para a mitigação dos efeitos climáticos e para a redução do impacto da guerra no custo de energia.

Sudeste lidera produção de energia solar

No Brasil, mais de um milhão de telhados já produzem energia solar, com destaque para a região Sudeste, responsável por 35,6% da geração fotovoltaica. Gil Pereira, deputado estadual de Minas Gerais e presidente da Comissão das Energias Renováveis e Recursos Hídricos, destacou o papel do estado na liderança da geração distribuída. “Minas Gerais representa quase 18% da produção nacional. O sol está disponível o ano todo, e com o avanço tecnológico, especialmente em armazenamento, poderemos reduzir ainda mais a dependência de combustíveis fósseis”, afirmou.

Raquel Freixo, representante do Espírito Santo, reforçou a importância da cooperação entre União, estados e iniciativa privada para fomentar a geração de energia a partir de fontes renováveis. “Criamos um ambiente de negócios propício para produção, importação e geração própria de energia, fortalecendo a matriz energética sustentável”, disse.

Segurança jurídica fortalece o setor

A publicação da Lei 14.300/2022, que institui o Marco Legal da Geração Distribuída, trouxe mais segurança jurídica para o setor. Projetos solicitados até 12 meses após a lei, incluindo aqueles já instalados, permanecerão válidos nas regras atuais da Resolução ANEEL 482/2012 até 31 de dezembro de 2045.

Tiago Vianna, presidente do Sindenergia em Mato Grosso e coordenador regional da ABSolar, destacou que políticas públicas e incentivos, aliados à segurança jurídica, são fundamentais para o desenvolvimento da GD no Brasil. “As discussões do Fórum refletem diretamente no crescimento do setor em todo o país”, concluiu.

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