A marca foi alcançada na tarde desta sexta-feira (21/01) e corresponde à energia suficiente para abastecer 13,5 milhões de habitantes A expansão da geração própria de energia (geração distribuída – GD) alcançou um ritmo sem precedentes. Ao atingir a marca de 9 gigawatts (GW) de potência instalada nesta sexta-feira (21/01), o País saltou de 8 GW para o patamar atual em apenas 42 dias, levando menos da metade do tempo necessário para a implementação do montante entre o 7º e o 8º gigawatt.
Potência Instalada:
5 GW em 24/02/2021, 114 dias.
6 GW em 10/06/2021, 106 dias
7 GW em 10/09/2021, 92 dias
8 GW em 10/12/2021, 91 dias
9 GW em 21/01/2022, 42 dias.
Para Guilherme Chrispim, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), a aceleração do crescimento da geração distribuída deverá continuar: “O setor está no ano da corrida pelo ouro, ou melhor, da corrida para garantir a gratuidade da cobrança da TUSD até 2045. Esse fator e a perspectiva de continuidade na alta do preço da energia vão manter a atividade do nosso setor aquecida”.
O dirigente da ABGD estima que o País deverá ultrapassar a marca de 15 GW ao fim de 2022. “Acrescentar 7 GW em apenas um ano significa entregar o equivalente a meia Itaipu!”, ressalta Guilherme Chrispim.
Após a promulgação da Lei 14.300/2022 – marco legal da geração distribuída – iniciou-se o prazo, até 6 de janeiro de 2023, para que as novas instalações de minigeração e microgeração tenham direito à isenção da Taxa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) até dezembro de 2045. Os sistemas implementados após 6 de janeiro passarão a pagar um porcentual dessa tarifa, havendo um período de seis anos de escalonamento até atingir o valor integral.
Com mais de um milhão de conexões totais, a geração distribuída nacional tem a classe residencial como a mais presente, responsável por 3,8 GW, seguida por estabelecimentos comerciais, com 3 GW. Nas demais categorias, destaque para o meio rural (1,2 GW) e a indústria (0,7 GW).
Entre as fontes dos sistemas de mini e microgeração de eletricidade, a energia solar é a mais presente no País, representando 97,7% do total; seguida por termoelétrica (1,2%), Central Geradora Hidrelétrica – CGH (0,87%) e eólica (0,18%).
Sobre a ABGD
A Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), maior associação brasileira do setor de energias renováveis, conta com mais de 950 empresas associadas, entre provedores de soluções, EPC´s, integradores, distribuidores, fabricantes, empresas de diferentes portes e segmentos, além de profissionais e acadêmicos, que têm em comum a atuação direta ou indireta na geração distribuída.
Fundada em 2015 para defender as demandas de empresas dedicadas à microgeração e minigeração de energia elétrica a partir de fontes limpas e renováveis, a ABGD representa seus associados junto aos órgãos governamentais, entidades de classe, órgãos reguladores e agentes do setor. Mais do que isso, trabalha para a difusão da GD para os diferentes setores da sociedade, incorporando os conceitos de sustentabilidade, retorno financeiro, eficiência energética e previsibilidade de gastos no que tange à geração e consumo de energia no local de consumo ou próximo.