A Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) reuniu a maior parte das entidades representantes do setor de energias renováveis em sua última live, realizada na semana passada. Participaram do evento online Paulo Arbex, presidente da Associação Brasileira de Centrais Hidrelétricas (ABRAPCH), Heber Galarce, presidente do Instituto Nacional de Energia Limpa (INEL), Daniel Kunz, presidente da Associação Baiana de Energia Solar (ABahiaSolar ? ABS), Adalberto Maluf, presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), Frederico Rocha, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO), Carlos Evangelista, presidente da ABGD e Guilherme Chrispim, presidente do conselho da ABGD, que moderou o diálogo.
Durante o encontro, os convidados debateram os desafios enfrentados pelo setor de renováveis. Além da crise da Covid-19, foi citada também a insegurança jurídica decorrente da proposta em curso de revisão da RN 482, que regula a modalidade, e propõe que o consumidor recebe de volta apenas 37% da energia renovável injetada na rede por ele. A conclusão é de que a falta de um marco legal para a modalidade atrapalha as transações comerciais de geração distribuída.
Os líderes das associações destacaram a união do setor durante o processo de revisão e a forte mobilização em 2019 para evitar retrocessos. As reivindicações do setor de renováveis foram ouvidas pelo Planalto e por parlamentares que agora elaboram um Projeto de Lei com o tão esperado marco legal da GD, mais equilibrado e alinhado às expectativas da sociedade. O processo de revisão que corre pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) está parado devido à Covid-19, mas após a pandemia a estimativa das entidades é de que a revisão prossiga, concomitantemente com o Projeto de Lei.
Além desta mobilização, os convidados também apresentaram aos ouvintes o trabalho que é realizado por cada entidade em prol da expansão da matriz elétrica renovável, diminuição da utilização de combustíveis fósseis, promoção da eficiência energética e do crescimento da geração descentralizada de energia.