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ABGD reforça apoio à MP 1300 e à modernização do setor elétrico

As afirmações apresentadas recentemente contra a geração distribuída (GD) distorcem a realidade do setor elétrico brasileiro. É importante esclarecer alguns pontos fundamentais:

 

Não existe invasão de mercado nem prejuízo sistêmico

A GD não drena o sistema, ela alivia. Ao gerar energia onde é consumida, evita perdas e antecipa investimentos que seriam obrigatórios em transmissão e distribuição. Trata-se de eficiência sistêmica, com ganhos para toda a sociedade.

 

Geração distribuída é motor de crescimento real

De 2012 até hoje, a GD gerou mais de 1,4 milhão de empregos diretos e indiretos no Brasil. Apenas em 2023 e 2024 já adicionamos mais de 5 GW em novos sistemas, beneficiando centenas de milhares de consumidores em todo o país. Tudo com recursos próprios, sem utilização de recursos subsidiados do BNDES tão comuns nos grandes empreendimentos.

 

Brasil lidera entre os gigantes

Em 2023, o Brasil foi o 3º país que mais adicionou energia solar no mundo, atrás apenas de China e EUA. Isso demonstra que a GD não é uma experiência isolada, mas parte de uma transformação global.

 

Os desafios são oportunidades

Questões como curtailment e volatilidade de preços não representam falhas estruturais, mas desafios de um setor em rápida expansão. Eles devem ser enfrentados com inovação, tecnologias de armazenamento, novos modelos contratuais e marcos regulatórios estáveis.

 

A relação com as distribuidoras

Reconhecemos o papel essencial das distribuidoras na operação do sistema elétrico. No entanto, é preciso compreender que a expansão da GD não é uma ameaça, mas um complemento ao modelo tradicional. A convivência harmônica entre geração centralizada, distribuída e as redes de distribuição é fundamental para a segurança energética e para a modernização do setor.

 

Contradições no próprio setor

Vale lembrar que muitos grupos econômicos que controlam distribuidoras também mantêm empresas de geração distribuída em suas estruturas. Isso demonstra, na prática, que a GD é uma oportunidade reconhecida até mesmo por aqueles que hoje tentam desqualificá-la no debate público.

 

A geração distribuída representa economia para os consumidores, eficiência para o sistema e desenvolvimento sustentável para o Brasil. Trata-se de uma política pública bem-sucedida, construída sobre investimentos privados, sem subsídios perpétuos como grandes usinas solares ou eólicas. Mais do que uma tendência, a GD é uma realidade consolidada e irreversível, que precisa ser tratada como aliada e não como adversária  na construção de um setor elétrico mais moderno, resiliente e competitivo.

 

Sobre a ABGD

A Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) é a principal entidade representativa do setor de energias renováveis com foco em geração distribuída no Brasil. Fundada em 2015, tem em seus quadros mais de 1.500 empresas, abrangendo toda a cadeia produtiva de equipamentos e serviços do segmento. Atua de forma estratégica na defesa dos interesses do setor junto a órgãos reguladores, instituições governamentais e sociedade civil, promovendo políticas públicas, inovação tecnológica, sustentabilidade ambiental, eficiência energética e a democratização do acesso à energia limpa. A ABGD tem sido protagonista no avanço da geração própria de energia no país, impulsionando o crescimento do mercado e fortalecendo a transição energética brasileira.

 

SP4 Comunicação Corporativa – Agência de Comunicação da ABGD

 

Ana Carolina Acocella – (11) 97880-8608– ana.acocella@sp4com.com.br

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