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Geração própria de energia elétrica no Brasil atinge 20 GW

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Brasil atinge 20 GW em Geração Distribuída e bate recorde histórico

O Brasil, que recentemente entrou no ranking dos dez países com maior capacidade de energia solar, bateu um novo recorde no setor de Geração Distribuída (GD), acrescentando 1 GW de potência em apenas 18 dias.

Nesta segunda-feira (10), o país alcançou a marca de 20 gigawatts (GW) de capacidade em geração própria de energia elétrica, impulsionada principalmente pela energia solar, responsável por 98,6% do total da GD, além de outras fontes como biomassa, biogás, eólica, potencial hidráulico e cogeração a gás natural. Até então, o menor intervalo registrado entre marcos de crescimento havia sido de 25 dias.

Segundo Guilherme Chrispim, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD):

“A GD começou 2023 em um ritmo ainda mais acelerado do que 2022. De janeiro a abril deste ano, o setor adicionou 2,1 GW ao sistema, contra 1,7 GW no mesmo período do ano passado.”

Geração distribuída impulsiona a matriz elétrica

A GD colocou a energia solar na segunda posição da matriz elétrica nacional, com 74% da potência da fonte solar proveniente de microgeração e minigeração distribuídas, em comparação com 26% de geração centralizada (grandes fazendas solares). O crescimento do setor também foi decisivo para que o Brasil se consolidasse entre os dez países com maior capacidade de geração solar, ocupando a oitava posição em 2022, ranking que deve subir ainda mais este ano.

Com os atuais 20 GW, a GD tem capacidade suficiente para abastecer cerca de 10 milhões de residências ou 40 milhões de pessoas, equivalente a quase 20% da população brasileira. A distribuição dos consumidores é a seguinte: residencial (49,1%), comercial (27,7%), rural (14,6%) e industrial (7%).

Comparativo com as hidrelétricas

O crescimento da GD no Brasil já supera a capacidade de grandes hidrelétricas nacionais. Itaipu, no Paraná, lidera com 14 GW, seguida por Belo Monte, no Pará, com 11,2 GW. Até o final do ano, a GD poderá ter o dobro da capacidade de Belo Monte.

Atualmente, o país conta com 1,8 milhão de micro e minigeradores e 2,4 milhões de unidades consumidoras que utilizam GD. Cada unidade corresponde a uma residência, comércio, indústria ou imóvel abastecido por energia própria, totalmente renovável.

Benefícios da geração distribuída

A GD oferece múltiplos benefícios:

  • Para consumidores: previsibilidade, redução de custos e contribuição à transição energética;

  • Para o sistema elétrico: diminuição de perdas em transmissão e distribuição, maior segurança operacional e utilização de fontes limpas.

Sobre a ABGD

A Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) é a maior associação do setor de energias renováveis do país, com mais de 1.000 empresas associadas, incluindo provedores de soluções, integradores, distribuidores e fabricantes. Fundada em 2015, a ABGD representa os interesses de seus associados junto a órgãos governamentais, reguladores e entidades do setor, promovendo a difusão da geração distribuída com foco em sustentabilidade, eficiência energética e retorno financeiro.

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