Em menos de sete meses, o estado ampliou em 50% a sua capacidade de geração própria de energia.
Nesta sexta-feira (24/06), o estado de São Paulo se tornou o segundo do país a superar a marca de 1,5 GW de potência instalada em GD, unindo-se a Minas Gerais, atualmente com 1,9 GW. Os sistemas de geração própria de energia estão presentes em 641 (99,3%) dos municípios paulistas, sendo a capital a cidade com maior volume de potência instalada (50,2 MW). No ranking por cidades, Ribeirão Preto (41,2 MW) ultrapassou Campinas (40,4 MW), alcançando o segundo lugar.
O estado havia rompido a marca dos 1 GW em 3 de dezembro de 2021, partindo de 500 MW em outubro de 2020. Ou seja, para evoluir de 1 GW para 1,5 GW, os paulistas levaram metade do tempo necessário para a instalação dos 500 MW anteriores – entre 500 MW e 1GW. Os primeiros 500 MW paulistas levaram mais de sete anos para serem concretizados.
“Há uma justificada corrida pelo sol, especialmente em energia solar. Essa tendência deve continuar no segundo semestre, em decorrência das mudanças na cobrança da TUSD para os pedidos de acesso protocolados a partir do ano que vem”, avalia Guilherme Chrispim, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD).
Os proprietários de sistemas de geração distribuída que ingressarem na rede a partir de 6 de janeiro de 2023 passarão a pagar um porcentual da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD), de acordo com o Marco Legal da Geração Distribuída (Lei 14.300/2022).
A energia solar é a mais utilizada pelos prossumidores paulistas (produtores e consumidores de energia), com 1,485 GW (99%). Mini e micro termelétricas (UTE) estão em segundo lugar (9,9 MW), seguidas de Centrais Geradoras Hidrelétricas – CGH (3,7 MW).
“Nos próximos anos, ampliar a diversificação das fontes empregadas em geração distribuída será um dos desafios do setor. Precisamos aproveitar melhor as possibilidades em biomassa e resíduos sólidos urbanos”, afirma Chrispim. Em São Paulo, a classe de consumo residencial é a predominante, respondendo por 805 MW; logo atrás vem as conexões de estabelecimentos comerciais, com 448 MW. Destaque também para as áreas rural e industrial, com 139 MW e 93 MW, respectivamente.
Sobre a ABGD
A Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), maior associação brasileira do setor de energias renováveis, conta com mais de 1.000 empresas associadas, entre provedores de soluções, EPC’s, integradores, distribuidores, fabricantes, empresas de diferentes portes e segmentos, além de profissionais e acadêmicos, que têm em comum a atuação direta ou indireta na geração distribuída. A ABGD é a associação da geração
própria de energia do Brasil.
Fundada em 2015 para defender as demandas de empresas dedicadas à microgeração e minigeração de energia elétrica a partir de fontes limpas e renováveis, a ABGD representa seus associados junto aos órgãos governamentais, entidades de classe, órgãos reguladores e agentes do setor. Mais do que isso, trabalha para a difusão da GD para os diferentes setores da sociedade, incorporando os conceitos de sustentabilidade, retorno financeiro,
eficiência energética e previsibilidade de gastos no que tange à geração e consumo de energia no local de consumo ou próximo.